Opinião de José Fernández, aluno espanhol bolsista pela FUNIBER

Opinião de José Fernández, aluno espanhol bolsista pela FUNIBER

José Fernández Navarro é um aluno espanhol bolsista pela FUNIBER que cursou o Mestrado Universitário em Linguística Aplicada ao Ensino de Inglês como Língua Estrangeira titulado pela Universidad Europea del Atlántico (UNEATLANTICO). José sentia que precisava retornar à academia como estudante para atualizar seus métodos de ensino e, após um período de adaptação ao ensino on-line, a formação cursada atendeu e muito às suas expectativas e ele espera que também seja útil para poder cursar um doutorado em breve.

Como você conheceu a FUNIBER e a atividade da fundação?

Basicamente pela Internet. Eu não conhecia nenhuma universidade a distância e, quando eu decidi fazer um mestrado, comecei a pesquisar na Internet, encontrei o site e li os comentários e as opiniões de ex-alunos. A partir daí, fiz uma pequena pesquisa, informei-me e, após alguns telefonemas, decidi por um dos mestrados patrocinados pela FUNIBER e por seu programa de bolsas de estudo.

O que fez você decidir pela FUNIBER?

Basicamente, a flexibilidade, o fato de poder estudar a distância, em casa. Eu também gostei da forma como os programas estão divididos, porque, em muitos casos, os cursos on-line tendem a ser menos completos, eles não se aprofundam tanto na matéria e abordam certos temas de maneira muito superficial. Eu estava há 18 anos sem estudar e tinha a necessidade de retornar ao estudo em tempo integral e, portanto, preferia um sacrifício maior, mesmo que o número de matérias fosse maior ou o assunto fosse mais denso. Isso, juntamente com a flexibilidade e com o fato de que o período de estudos era de dois a três anos, como era o caso, ajustava-se ao que eu queria.

Como foi a sua experiência com a fundação? Você se sentiu apoiado e respaldado em seus estudos?

Sim, o contato é com a FUNIBER principalmente, embora na parte final dos estudos eu tenha precisado falar mais com a universidade, em particular com o orientador da dissertação e com o coordenador do programa, com quem o contato sempre foi muito útil, muito atento, sempre me ajudaram em tudo o que eu precisava. O relacionamento com o setor administrativo também sempre foi muito bom. Com alguns professores, se estabelece um vínculo especial.

Como foi a experiência de estudar a distância?

No começo, não muito boa, porque eu esperava outra coisa, mas depois percebi que o erro era meu. No início, pensei que estudar a distância era só eu me colocar na frente da câmera e assistir às aulas de modo semelhante à formação presencial, tal como eu dou aula aos meus alunos. Até que percebi que o sistema é diferente, você estuda sozinho, faz perguntas e responde às perguntas no fórum, interagindo com outros alunos. É um sistema no qual o protagonista é o aluno, e não o professor, já que aquele que assume um papel ativo é o primeiro. No entanto, no início, eu esperava algo mais tradicional. Demorou alguns meses para que eu entendesse esse sistema e me adaptasse a essa nova dinâmica.

Quais são as vantagens e as desvantagens deste sistema?

A maior vantagem é a flexibilidade. Não é um sistema para pessoas de 19 ou 20 anos que ainda não trabalham. Nesses casos, penso que um sistema mais tradicional é melhor. No entanto, quando você é mais velho e já está no mercado de trabalho, você pode ter obrigações profissionais ou pessoais e, então, é melhor poder estudar a distância com um horário mais flexível, que se adapta às suas necessidades e possibilidades.

A principal desvantagem também está relacionada à flexibilidade. É preciso muita disciplina e força de vontade para poder se autoexigir e cumprir os termos, já que ninguém irá pressioná-lo. É por isso que todas as pessoas adultas que estudam com este sistema estão dispostas. Além disso, este sistema geralmente não é barato, então, uma vez que você faz o investimento, quer continuar com os estudos.

Foi difícil terminar seus estudos?

Para mim, em particular, sim, porque eu precisei parar durante um tempo curto por causa de uma situação pessoal. Mas, além disso, é apenas força de vontade, é preciso esforço, mas uma vez que você termina, é muito gratificante.

Sua formação e seus professores atenderam às suas expectativas?

A formação, sim, e uma grande parte do corpo docente também. Destaco duas pessoas, e em particular minha orientadora, com quem tive um grande prazer de trabalhar e desenvolver meu projeto. Aprendi muito com ela.

Você é um professor com vasta experiência e formação no ensino de inglês como língua estrangeira, o que o motivou a cursar esse Mestrado? O que você pensava aprender ou descobrir?

Eu me afastei do mundo acadêmico por um longo período, como mencionei antes, então tinha a necessidade de voltar a estudar para aprender tendências mais atuais do mundo da educação. Algo diferente e mais moderno do que eu aprendi anos atrás ou no próprio exercício da minha profissão. Ignorar as possibilidades tecnológicas na educação é algo totalmente absurdo, assim como ignorar o trabalho por projetos ou cooperativo hoje e esse tipo de coisa não se ensinava quando eu estava estudando. Então, queria aprender a aplicá-lo ao ensino de inglês como língua estrangeira.

A rede universitária com a qual a FUNIBER colabora era a única que me oferecia a combinação de linguística teórica e aplicada no ensino de inglês.

O que você destacaria com relação à sua experiência de estudar com o patrocínio da FUNIBER?

A flexibilidade, novamente, mas também a seriedade e o rigor de uma boa parte do corpo docente. Eles estão bem preparados, muito bem preparados eu diria, em alguns casos.

Outro elemento que não mencionei antes e que me parece muito gratificante é que, sendo forçado a trabalhar com pessoas de vários lugares diferentes, que são seus colegas de classe neste sistema de estudos a distância, você conhece pessoas maravilhosas com quem você pode aprende muito e eles são muito capacitados. Gosto do fato de ter entrado na vida de outras pessoas e de que, com algumas delas, consegui estabelecer certa amizade, nos conhecemos, viajamos também, viajamos e nos vimos e isso é algo com o qual eu não contava. Na verdade, viajar foi quase mais caro que o mestrado! Então, isso é algo que me deixa muito feliz.

O que você descobriu em sua tese sobre o Certificate of Proficiency in English? Qual modelo você seguiria para melhorar as possibilidades dos alunos demonstrarem suas habilidades no teste?

Essa é a principal hipótese da minha dissertação, que existe uma grande diferença entre as competências linguísticas dos alunos e aquilo que o aluno faz quando está realizando o teste. No meu projeto, elaborei algumas estratégias para reduzir essa diferença e para que, mediante uma série de atividades especiais, o aluno seja capaz de demonstrar o que ele realmente sabe para que a nota final corresponda ao nível real do estudante.

No que esse modelo se diferencia do modelo atual?

Não varia muito do modelo de teste atual. Há, sim, algumas atividades prévias, feitas imediatamente antes do teste de Writing, que preparariam o aluno para escrever sobre as temáticas pedidas no teste, lhe dariam esse contexto na gramática e no vocabulário. Por assim dizer, proporcionariam uma espécie de aquecimento para o aluno. Essas atividades prévias devem estar intrinsecamente relacionadas ao conteúdo do Writing.

Você acha que existem possibilidades reais de mudar esse modelo de teste a curto prazo?

Espero que sim, uma vez que o teste em si é perfeito, mas as partes do teste atual estão desconectadas umas das outras. Por exemplo, o Use of English está completamente descontextualizado e o Writing, apesar de se basear em situações reais, também não tem conexão com a parte gramatical. Essas tarefas prévias também poderiam incluir colocar o Listening ou o Reading imediatamente antes do teste em uma temática ou campo semântico semelhante.

Você conseguiu aplicar os conhecimentos adquiridos com a formação patrocinada pela FUNIBER?

Sim, comecei a aplicá-los desde o início nos alunos de alto nível para tentar resolver este problema da falta de contextualização dos testes e o resultado foi positivo desde o princípio.

Você espera que a formação obtida por meio da FUNIBER abra novos horizontes profissionais para você? Quais?

Doutorado. Esse é meu próximo objetivo, não agora, mas concluir um doutorado é minha próxima meta.

Você recomendaria a um amigo ou parente estudar em programas patrocinados pela FUNIBER?

Sim, na verdade, já fiz isso. Sem nenhum problema. Há vantagens claras, como a flexibilidade econômica, a flexibilidade de horários, um corpo docente altamente preparado e um conteúdo escrito nada superficial e até muito profundo em algumas ocasiões!